O contacto do pé no chão deve se sentir desde a base do calcanhar, ou como uma vez ouvi numa de Gyrotonic, a 5ª linha, o centro do lápis, até à almofada anterior do pé (logo abaixo dos dedos). É como se forma-se um triângulo.
Nas aulas devemos dar exercícios variados aos alunos para conseguir chegar a todos, lembrem-se que somos diferentes e também para eles sentirem as diferenças de pressões. Devemos também pedir para eles perceberam as sensações diferentes dos vários exercícios e se há diferenças de um pé em relação a outro (que poderá indicar alguma escoliose). Há podologistas que têm máquinas que nos dão esta informação mas este treino é mais económico e mais importante para o nosso cérebro.
Quando tirei a formação de Reformer pelo Pilates Institute falamos da posição neutra do tornozelo e que devemos tranferí-la para a posição ortostática, pois apesar da articulação do tornozelo ser estável, há muitas lesões que poderiam ser evitadas. Quando estamos em pontas, o peso deve estar na almofada, preferencialmente entre o hálux e o 2º metatarsiano, o calcanhar não deve rodar para fora (coloquem uma softball entre os tornozelos para ajudar no alinhamento). Há exercícios de fortalecimento quepodem ser feitos com banda elástica.
Relativamente a exercícios de tranferência de peso nos pés podemos experimentar de pé, inclinar ligeiramente e com controlo o corpo à frente e atrás, para os lados. Podemos fazê-lo deitados, fazemos uma ponte (shoulder bridge) e subimos apenas ou calcanhares ou apenas as pontas dos pés. Devemos dar ênfase aos dedos para os alunos não sentirem pressão, podemos pedir sempre para eles levanterem os dedos e tocar piano, agarrar o chão, espalmar como um ovo estrelado....há imensos!
Espero que gostem e que continuem a participar e a partilhar ideias. Agradeço a todos o vosso incentivo!
Boa semana :)
3 comentários:
Olá. Tive uma ideia interessante e queria partilhar com vocês. Usem meias brancas e andem descalços em casa e vejam que partes do vosso pé está mais suja. Poderá indicar onde fazem mais pressão.
Continuação...
Li num site e coincidência uma amiga minha falou sobre esse assunto, dos acessórios que usamos nas aulas. Devemos usá-los quando há um fundamento para isso, quando eles nos ajudam a ajudar.
Na extensão e flexão do joelho o movimento natural é uma espiral do fémur. Na extensão a tibia roda externamente e o fémur internamente. Na flexão é o oposto! A bola nos joelhos provoca uma adução constante o que inibe a rotação e aí o movimento deixa de ser natural ou seja funcional.
Relativamente ao tamanho do acessório que colocamos entre os tornozelos varia de pessoa para pessoa, uma vez que há pessoas com a anca mais larga que outras. O objectivo do acessório é permitir que o aluno tenha a noção do alinhamento do seu tornozelo e este alinhamento influenciará todo o membro. Peça aos seus alunos para eles sentirem o movimento e para eles vos dizerem o que sentem.
Bons treinos....
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